Bem vindo ao Caudata Mania

Este blog foi criado com o intento de promover, em Portugal, este fantástico hoobie que é a manutenção de caudatas (tritões e salamandras) em cativeiro. Neste, iremos encontrar conselhos básicos para uma boa iniciação, assim como fotos ilustrativas e artigos informativos. Se já é um perito divirta-se, participando com novas ideias e opiniões. O Caudata-Mania estará em constante evolução. O que é hoje, não é o que era ontem, nem será o que irá ser amanhã. Acompanhe-o e esteja atento às novidades!

Reprodução

Os anfíbios caudados põem ovos, dos quais nascem larvas, sem quaisquer membros e com brânquias externas que lhes permitem respirar na água. A desova, geralmente ocorre na primavera e em algumas espécies ainda mesmo durante o Inverno.
O tempo que vai da postura até à eclosão varia de espécie para espécie. No final do Outuno, princípios do Inverno os animais devem passar por um período de frio, entre os 10 e os 15ºC, a fim de as fêmeas gerarem os ovos e de os machos se estimularem. Nos final do Inverno, princípios da primavera à sua dieta devem ser acrescentadas dafinas e artémia, pois este tipo de alimento estimula o acto sexual, proporcionando também aos animais algum exercício físico. Assim que as fêmeas terminarem a postura, as plantas que contém os ovos devem ser retiradas para um contentor à parte, a fim de estes não serem comidos pelos adultos. Estas instalações devem ser arejadas e não terem substratos nem decorações. Mais semana, menos semana depois nascem as larvas, munidas de um saco vitelino, o qual as manterá alimentadas durante os primeiros dias de vida. Quatro a cinco dias depois devem começar a ser alimentadas, preferencialmente com artémia acabada de eclodir. À medida que estas crescem, o tamanho do alimento deve ser aumentado progressivamente, sendo as várias espécies existentes de vermes brancos muito úteis para tal. A fim de evitar actos de canibalismo estas devem ser colocadas, consoante as suas dimensões, em contentores separados, aos quais para alem de palntas se deve adicionar alguns esconderijos, a fim de baixar o seu nível de stress. Não muito tempo depois de nascerem, as larvas desenvolvem primeiramente os membros anteriores e um pouco mais tarde os posteriores. Meses depois, uma vez mais, dependendo da espécie e também de outros factores externos, tais como a temperatura e a dieta a que estão sujeitas, ocorre a metamorfose. Nesta fase, perdem as brânquias externas, desenvolvem pulmões para poder respirar fora de água e os seus membros tornam-se mais musculados. Nesta fase deve ser fornecida uma zona terrestre de fácil acesso.


Após a metamorfose os caudatas passam por uma fase terrestre. O período de duração desta fase depende fortemente da espécie em questão. No caso das salamandras e de um universo bastante reduzido de tritões, estes só vão regressar à água somente na idade adulta, a fim de acasalarem e reproduzirem-se. Quanto à maioria das espécies de tritões, existem diversas variantes. Tomando como exemplo duas espécies do mesmo género, os Cynops orientalis e os Cynops cyanurus, vejam-se as diferenças: Enquanto os primeiros podem permanecer terrestres por vários meses até cerca de um ano, os segundos podem ser mantidos logo a partir da metamorfose num setup semi-aquático, somente com dois centímetros de profundidade, apenas com algumas pedras ou troncos que emergem da água. Ao contrário dos animais adultos que são de fácil manutenção, os juvenis de Cynops orientalis são mais exigentes, principalmente devido ao seu pequeno tamanho e à facilidade com que se afogam. O melhor método de os criar será provavelmente num pequeno recipiente de plástico com o fundo coberto por papel de cozinha humedecido. O qual deve ser devidamente tapado.