Bem vindo ao Caudata Mania

Este blog foi criado com o intento de promover, em Portugal, este fantástico hoobie que é a manutenção de caudatas (tritões e salamandras) em cativeiro. Neste, iremos encontrar conselhos básicos para uma boa iniciação, assim como fotos ilustrativas e artigos informativos. Se já é um perito divirta-se, participando com novas ideias e opiniões. O Caudata-Mania estará em constante evolução. O que é hoje, não é o que era ontem, nem será o que irá ser amanhã. Acompanhe-o e esteja atento às novidades!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cynops orientalis

Porque são alguns espécimes mais claros de que outros?



Embora por norma sejam animais de cor escura, ocasionalmente alteram a sua coloração para tons mais claros, que podem ir do cinzento ao castanho. Tal fenómeno resulta da intensidade de luminosidade a que o seu ventre está exposto. Todos os indivíduos desta espécie, independente de serem larvas, juvenis ou adultos possuem esta particularidade, ficando por norma mais claros se o meio envolvente for mais claro que os mesmos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Como evitar fugas indesejadas

Por incrível que pareça a principal causa de morte dos tritões e salamandras mantidos em cativeiro, não são doenças nem outros quaisquer factores, mas sim as fugas das suas instalações. Infelizmente, por norma todos os entusiastas deste hoobie ficam a sabê-lo da pior maneira, pois quando se apercebem da astucia dos animais já é tarde de mais. A subirem pelos fios fazem lembrar esquilos e no que diz respeito a entrarem em orifícios, desde que a cabeça passe o resto também irá passar. Por tal só ficamos cientes deste perigo quando tal nos acontece a nós! Quando os animais são encontrados por norma estão mortos e ressequidos devido à perda da humidade corporal.


O uso de filtros externos em instalações para anfíbios caudados é meio caminho andado para a fuga destes, por tal o uso de filtros internos só não é aconselhável como obrigatório.


Deixar a passagem dos cabos eléctricos deste modo é um forte convite à fuga dos animais.


Se proceder tal como na imagem em cima, a hipótese de vir a ter uma fuga indesejada é muito remota.

Fonte: http://www.caudata.org/cc/articles/escape.shtml

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Como manusear os nossos anfíbios caudados

Porque devemos aprender como fazê-lo? As respostas a esta questão são três, em primeiro lugar por serem animais que libertam toxinas através da pele, as quais nos podem ser prejudiciais, em segundo por stressarem muito facilmente e em terceiro porque a sua pele é muito absorvente, podendo absorver qualquer substância prejudicial à sua saúde, na qual possamos ter mexido anteriormente. Apenas o devemos fazer em casos que o justifiquem, tais como: mudança de instalações,tratamento e transporte.
A primeira medida a tomar passa por lavarmos as mãos. Somente com água fria, e isto porque todos os produtos que habitualmente usamos para o fazer são nocivos para os nossos animais. A água fria só não arrefece a nossa temperatura, a qual lhes pode provocar stress, como também elimina o sal que a nossa pele contém devido ao suor. O período de tempo do manuseamento deve ser o mais breve possível e depois de o fazermos devemos lavar (normalmente) as mãos, antes que caiamos na tentação de as levar aos olhos ou à boca. Pois o envenenamento em humanos dá-se por tal e também pelo facto de as toxinas entrarem na nossa corrente sanguínea. Se tivermos feridas nas mãos é prudente que não os manuseemos e caso tenhas problemas de pele umas luvas de plástico devem ser usadas. Crianças e outros animais de estimação devem ser afastados, a fim de evitar males maiores. Se quiser um animal para fazer festinhas e dar beijinhos compre um cão!
Para saber mais.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fungo que provoca a quitridiomicose

A quitridiomicose danifica o processo de transferência de electrólitos através da pele, causando desequilíbrios que conduzem a uma paragem cardíaca. Resta saber exactamente como o fenómeno se processa para desenvolver uma cura.





A quitridiomicose é, a par da destruição de habitat, a mais importante ameaça à sobrevivência das populações de anfíbios, que constituem o grupo de vertebrados terrestres em situação mais crítica, com 1/3 das espécies em risco de extinção.

O fungo que provoca a quitridiomicose foi identificado pela primeira vez há 10 anos e actualmente afecta anfíbios nos 5 continentes, tendo já causado algumas extinções. Embora haja algumas teorias sobre como é que o fungo debilita o organismo dos anfíbios o seu mecanismo de actuação permanece por desvendar, tornando difícil o combate a esta ameaça à sobrevivência dos anfíbios.

No entanto, um grupo de cientistas maioritariamente australianos, levou a cabo um estudo com rãs afectadas pela micose que obteve resultados elucidativos, embora seja necessário estudar outras espécies para confirmar as descobertas.

Os investigadores analisaram amostras de pele de rãs verdes arborícolas infectadas pelo fungo tendo concluído que a passagem de electrólitos como o sódio e o potássio se encontrava danificada, com os animais doentes a registarem níveis de potássio equivalentes a metade do normal.

Este desequilíbrio é em humanos, causa potencial de paragem cardíaca e, de facto, os electrocardiogramas realizados a rãs verdes arborícolas doentes umas horas antes da sua morte revelavam alterações no ritmo cardíaco, culminando com paragem. Por outro lado, a administração de medicamentos que restauram o equilíbrio de electrólitos resultou numa melhoria temporária. Parece assim ser que o fungo da quitridiomicose causa um desequilíbrio electrolítico que acaba por afectar o coração.

O próximo passo é descobrir como exactamente é que o fungo Batrachochytrium dendrobatidis causa este desequilíbrio nos níveis de sódio para poder desenvolver uma “cura”. Alguns estudos sugerem que alguns anfíbios possuem na sua pele bactérias que lhes conferem protecção por isso pode ser que o estudo do modo actuação da Batrachochytrium dendrobatidis facilite a identificação dessas bactérias.

Fonte: Naturlink