Bem vindo ao Caudata Mania

Este blog foi criado com o intento de promover, em Portugal, este fantástico hoobie que é a manutenção de caudatas (tritões e salamandras) em cativeiro. Neste, iremos encontrar conselhos básicos para uma boa iniciação, assim como fotos ilustrativas e artigos informativos. Se já é um perito divirta-se, participando com novas ideias e opiniões. O Caudata-Mania estará em constante evolução. O que é hoje, não é o que era ontem, nem será o que irá ser amanhã. Acompanhe-o e esteja atento às novidades!

domingo, 17 de julho de 2011

Familia Ambystomatidae (Salamandras toupeira) - Hallowell 1856











Ambystoma mavortium melanostictum

A família Ambystomatidae é endêmica da América do Norte, estando difundida por todo o continente. Esta família é composta por dois gêneros, Ambystoma e Dicamptodon. As suas especies vão de médio a grande porte. As suas cabeças são arredondadas,os seus corpos robustos, assim como os membros e no dorso possuem sulcos proeminentes. Os adultos terrestres por norma despendem a maior parte do ano em tocas subterrâneas, emergindo em massa durante a primavera. O acassalamento normalmente ocorre em poças onde os ovos são colocados em grupos. No entanto, algumas espécies acassalam durante o outono, e pelo menos uma espécie põe ovos perto da água em terra seca, sendo que esta é inundada durante as chuvas da primavera. As larvas desta família são caracterizadas por cabeças largas, barbatana caudal e longas brânquias filamentosas. Algumas das espécies são neotécnicas, tal como o Axolotl Ambystoma mexicanum . Estas definen-se de tal modo por reter características larvais na idade adulta. Noutras a metamorfose é facultativa, pois os indivíduos mantêm a possibilidade de permanecer na forma larval, isto sob certas condições ambientais. No entanto a maioria transforma-se.











Dicamptodon ensatus

O gênero Dicamptodoncon apresenta as maiores salamandras terrestres,as quais podem atingir até 35 cm de comprimento. Todas as espécies que o englobam estão distribuídas ao longo da costa do Pacífico nos Estados Unidos ocidentais onde habitam florestas de coníferas, com córregos e nascentes. As suas larvas podem levar até 4,5 anos até alcanssarem a metamorfose.

Cuidados que devemos ter a quando da manutenção de Salamandras toupeira (Género Ambystoma)

(Em construção)

Fonte: Caudata Culture

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Família Plethodontidae - 1850 Gray

A família Plethodontidae , é uma das mais numerosas famílias de caudatas, englobando cerca 266 espécies distribuidas por 29 géneros. Ocorre no leste e oeste da América do Norte, habitando uma grande variedade de biotopos, pelo que existem espécies totalmente aquáticas, semi-aquáticas, terrestres e também arbóreas. Alguns géneros e sub-gêneros mantém um ciclo de vida bifásico com larvas aquáticas e adultos terrestres. Com excepção de um pequeno número de espécies aquáticas, como por exemplo os Desmognathus, a maioria dos Plethodontidios não passa pela fase larval, tendo um desenvolvimento directo. Eclodem dos ovos, postos em terra ou nas arvores, já com a aparencia de um adulto, embora em miniatura. A caracteristica comum entre todas as espécies é o facto de não possuírem pulmões. Algumas espécies são minusculas, enquanto outras apresentam dimensões consideráveis. A sua manutenção não é de todo fácil, pelo que se deve ponderar bem antes de adquirir um exemplar. São muito subjectiveis às altas temperaturas, sendo que cada género exige condições distintas. A maioria das espécies é territorial e algumas peritas em escalar pelos vidros, que é o caso das Euryceas.

Género Plethodon









Plethodon cinereus










Setup

Género Desmognathus












Desmognathus fuscus









Setup

Género Eurycea









Eurycea bislineata








Eurycea cirrigera









Setup

Para saber mais, veja em:

http://www.caudata.org/cc/species/species.shtml
http://www.caudata.org/cc/species/Plethodon/P_cinereus.shtml
http://www.caudata.org/cc/species/Desmognathus/D_fuscus.shtml
http://www.caudata.org/cc/species/Eurycea/Eurycea_sp.shtml

Fonte: Caudata Culture

sábado, 14 de maio de 2011

Curiosidades


Com provas dadas por diversos paleontólogos, os quais encontraram fósseis com aproximadamente 165 milhões de anos na China e na Mongólia, pensa-se que as salamandras estão entre os habitantes mais antigos do planeta. Na antiguidade clássica as salamandras já eram aludidas pelo homem.


Vejamos como as descreveu Gaius Plinius Secundus, um nobre romano, cientista e historiador que morreu na erupção do Vesúvio em 79 D.C, o qual à posteriori havia de ficar conhecido por Plínio, O Velho: …é um animal similar ao lagarto em formato, com o corpo todo estrelado…nunca é visto a não ser sob chuva forte e desaparece assim que o tempo melhora... Tal descrição é plausível se tivermos em conta a aparência e o comportamento da salamandra comum ou salamandra de fogo, Salamandra salamandra.


Ainda hoje se crê que as salamandras podem viver no meio do fogo, pois é usual ver estes animais a abandonar os troncos quando estão a arder. Além disso, o facto de terem uma coloração invulgar foi decisivo para a sua conotação como animais demoníacos. Esta crença remonta à Idade Média e ainda hoje persiste o medo e a repugnância por estes animais embora não existam razões para tal.


As salamandras tiveram, na antiga medicina, uma grande reputação, pois as suas cinzas eram utilizadas na cicatrização de úlceras. Nos nossos dias ainda são consideradas nalguns sítios excelentes vermífugos e, noutros locais, como antídotos para curar feridas produzidas pelo veneno das serpentes.

Fotos
Salamandra salamandra
Salamandra salamandra fastuosa

Fonte: Naturlink

domingo, 1 de maio de 2011

Culturas de alimento vivo

Minhoca da terra

Manter uma cultura de minhoca da terra para alem de ser indispensável para este hoobie, pois os elementos químicos presentes nestas, existem em proporções favoráveis a um bom crescimento celular, não existindo um deles em falta e um em excesso tal como se pode constatar noutros alimentos, sendo inevitavelmente o alimento ideal para os nossos caudatas, é também uma fonte de alimento segura, inesgotável e fácil de se conseguir.


Para criar minhocas de forma fácil e barata;

Construa uma caixa de madeira (qualquer tamanho será bom, uma caixa maior implica mais minhocas).

Prenda a tampa com duas dobradiças baratas.
Perfure ou corte dois buracos de 5 cm na frente da caixa, de forma a que a parte de baixo dos buracos toque no fundo da caixa. Isto é, os buracos ficam na parte da frente da caixa mas em baixo, fazendo uma perpendicular com a madeira do fundo.

Pinte a caixa com qualquer tinta de óleo para exterior.
Coloque um pequeno pedaço de rede plástica, muito fina, nos buracos que foram feitos. A rede é colocada na parte de dentro da caixa. Pregue a rede firmemente. A rede permitirá à caixa drenar mas não permitirá que as minhocas saiam.

Para quem tem falta de espaço ou reside em apartamentos existe uma solução mais prática;
Adquira uma caixa para arrumações numa loja económica e reajuste as sugestões dadas anteriormente às suas necessidades ou ao material que tem disponível.

Como preparar a caixa para as minhocas?


Compre turfa suficiente, de uma loja de material de jardinagem ou de um viveiro de plantas, para encher a caixa (lembre-se que a turfa fica mais compacta depois de molhada).

Coloque a turfa na caixa e ensope-a completamente. Remexa-a até estar uniforme mente molhada.

Arranje 6 tijolos.
Coloque, fora da caixa, um tijolo em cada canto dianteiro e dois tilojos em cada canto traseiro para se a caixa se incline para a frente e possa escoar pelos buracos. (NT- Os tijolos típicos americanos são bastante mais pequenos que os nossos, pelo que será preferível arranjar outra forma de inclinar a caixa.)

Coloque um pires debaixo dos buracos para apanhar o que escorrer (a menos que a caixa seja colocada no exterior).

Onde adquirir as minhocas?

Estas podem ser apanhadas no quintal ou compradas em lojas de isco ou de jardinagem. A Internet também é um bom método de as conseguir. A especie recomendada, pois os caudatas nem sempre aceitam outras muito bem, é a Dendrobaena.

Como acomodar as minhocas?


Compre três ou quatro caixas das minhocas que encontrar numa loja de venda de artigos de pesca e coloque-as na terra ou turfa.

Compre uma caixa de "Corn Flakes" Isto é tudo o que as minhocas precisam para uma nutrição adequada. (A estes eu ainda adiciono, com um resultado bastante positivo, leite em pó e fezes de coelho.)

A cada três ou quatro dias espalhe uma camada ligeira de corn flakes em cima da turfa. NT: antes de aplicar uma camada nova use um pequeno sacho de jardim para remexer a turfa e para misturar os cereais deixados da refeição anterior na turfa.

Como evitar ataques indesejáveis de formigas?

O método mais usado para tal é a criação de uma barreira de água em redor da caixa. Para tal basta colocar esta em cima de um tabuleiro com água ou então colocá-la dentro de outra maior, contendo água.


Após cerca de seis meses existirão literalmente milhões de minhocas de todos os tamanhos, desde minúsculas minhocas jovens até adultos. As pequenas minhocas podem ser usadas para alimentar caudatas juvenis e adultos de menores dimensões, enquanto as minhocas maiores podem facilmente satisfazer as necessidades de comida viva de animais adultos e de maiores dimensões. Embora os caudatas consigam ingerir uma minhoca de comprimento igual ao seu, tal prática não se aconselha, pois a energia despendida pelo animal acaba por não vir a compensar a sua ingestão. Assim sendo as minhocas fornecidas a juvenis deverão ter apenas aproximadamente 1/3 do comprimento destes, enquanto as fornecidas aos adultos já poderão ter aproximadamente metade do seu comprimento.

A turfa deve ser mantida húmida através da rega periódica. Não regue demais! Não deixe secar! As minhocas morrerão DEPRESSA se a turfa secar. Felizmente a turfa retém água muito bem e regar raramente é necessário.
As minhocas não podem congelar. Como a caixa não deita mau cheiros pode ser mantida em garagens ou em marquises durante o inverno (NT- No nosso clima fará mais sentido preocuparmos-nos com o calor excessivo de verão). As minhocas não gostam de serem sujeitas ao sol directo no verão (serão mortas). Coloque a caixa numa zona sombria se for deixada no exterior. Mantenha a caixa fechada, as minhocas gostam da escuridão.

Outras Utilizações para Minhocas

As plantas de vaso adoram minhocas!
Os jardins adoram minhocas!
Os canteiros adoram minhocas!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cynops orientalis

Porque são alguns espécimes mais claros de que outros?



Embora por norma sejam animais de cor escura, ocasionalmente alteram a sua coloração para tons mais claros, que podem ir do cinzento ao castanho. Tal fenómeno resulta da intensidade de luminosidade a que o seu ventre está exposto. Todos os indivíduos desta espécie, independente de serem larvas, juvenis ou adultos possuem esta particularidade, ficando por norma mais claros se o meio envolvente for mais claro que os mesmos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Como evitar fugas indesejadas

Por incrível que pareça a principal causa de morte dos tritões e salamandras mantidos em cativeiro, não são doenças nem outros quaisquer factores, mas sim as fugas das suas instalações. Infelizmente, por norma todos os entusiastas deste hoobie ficam a sabê-lo da pior maneira, pois quando se apercebem da astucia dos animais já é tarde de mais. A subirem pelos fios fazem lembrar esquilos e no que diz respeito a entrarem em orifícios, desde que a cabeça passe o resto também irá passar. Por tal só ficamos cientes deste perigo quando tal nos acontece a nós! Quando os animais são encontrados por norma estão mortos e ressequidos devido à perda da humidade corporal.


O uso de filtros externos em instalações para anfíbios caudados é meio caminho andado para a fuga destes, por tal o uso de filtros internos só não é aconselhável como obrigatório.


Deixar a passagem dos cabos eléctricos deste modo é um forte convite à fuga dos animais.


Se proceder tal como na imagem em cima, a hipótese de vir a ter uma fuga indesejada é muito remota.

Fonte: http://www.caudata.org/cc/articles/escape.shtml