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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fungo que provoca a quitridiomicose

A quitridiomicose danifica o processo de transferência de electrólitos através da pele, causando desequilíbrios que conduzem a uma paragem cardíaca. Resta saber exactamente como o fenómeno se processa para desenvolver uma cura.





A quitridiomicose é, a par da destruição de habitat, a mais importante ameaça à sobrevivência das populações de anfíbios, que constituem o grupo de vertebrados terrestres em situação mais crítica, com 1/3 das espécies em risco de extinção.

O fungo que provoca a quitridiomicose foi identificado pela primeira vez há 10 anos e actualmente afecta anfíbios nos 5 continentes, tendo já causado algumas extinções. Embora haja algumas teorias sobre como é que o fungo debilita o organismo dos anfíbios o seu mecanismo de actuação permanece por desvendar, tornando difícil o combate a esta ameaça à sobrevivência dos anfíbios.

No entanto, um grupo de cientistas maioritariamente australianos, levou a cabo um estudo com rãs afectadas pela micose que obteve resultados elucidativos, embora seja necessário estudar outras espécies para confirmar as descobertas.

Os investigadores analisaram amostras de pele de rãs verdes arborícolas infectadas pelo fungo tendo concluído que a passagem de electrólitos como o sódio e o potássio se encontrava danificada, com os animais doentes a registarem níveis de potássio equivalentes a metade do normal.

Este desequilíbrio é em humanos, causa potencial de paragem cardíaca e, de facto, os electrocardiogramas realizados a rãs verdes arborícolas doentes umas horas antes da sua morte revelavam alterações no ritmo cardíaco, culminando com paragem. Por outro lado, a administração de medicamentos que restauram o equilíbrio de electrólitos resultou numa melhoria temporária. Parece assim ser que o fungo da quitridiomicose causa um desequilíbrio electrolítico que acaba por afectar o coração.

O próximo passo é descobrir como exactamente é que o fungo Batrachochytrium dendrobatidis causa este desequilíbrio nos níveis de sódio para poder desenvolver uma “cura”. Alguns estudos sugerem que alguns anfíbios possuem na sua pele bactérias que lhes conferem protecção por isso pode ser que o estudo do modo actuação da Batrachochytrium dendrobatidis facilite a identificação dessas bactérias.

Fonte: Naturlink

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