Alimentação

Bem vindo ao Caudata Mania

Este blog foi criado com o intento de promover, em Portugal, este fantástico hoobie que é a manutenção de caudatas (tritões e salamandras) em cativeiro. Neste, iremos encontrar conselhos básicos para uma boa iniciação, assim como fotos ilustrativas e artigos informativos. Se já é um perito divirta-se, participando com novas ideias e opiniões. O Caudata-Mania estará em constante evolução. O que é hoje, não é o que era ontem, nem será o que irá ser amanhã. Acompanhe-o e esteja atento às novidades!

Na natureza os caudatas caçam a sua própria comida, alimentando-se de minhocas, insectos e respectivas larvas, pequenos peixes e por vezes até mesmo de outros anfíbios. Em cativeiro, por norma, a dieta que lhes é fornecida tenta recriar quer em forma, quer a nível de nutrientes a sua alimentação natural. Para tal são nos apresentadas duas alternativas:

1ª O alimento vivo, entre outros, a minhoca da terra Lumbricus terrestris e Dendrobaena spp; os vermes brancos Enchytraeus albidus; os waxworms Pyralidae mariposas; o asticot Calliphora vomitória e os calciumworms Hermetia illucens linnaeus.

2ª O alimento congelado, o qual consiste principalmente em bloodworms (larvas de mosquito vermelhas). Outro alimento também muito bem aceite é a artémia.

O comércio de caudados em Portugal. Uma triste realidade!

Excluindo várias excepções, tais como as seguintes espécies: Plethodon cinereus – Salamandra de costas vermelhas, Ambystoma tigrinum – Salamandra tigre e Notophthalmus viridescens –Tritão verde (como as algas). As espécies que vamos encontrar com mais facilidade no nosso mercado de animais de estimação, nomeadamente nas grandes superfícies comerciais, são: Cynops orientalis – Tritão ventre de fogo chinês, Pachitriton labiatus – Tritão cauda de leme e Ambystoma mexicanum – Axolotl (cão de água). Se atendermos ao facto de que existem aproximadamente quinhentas espécies de caudatas e que mais de metade são mantidas em cativeiro, a oferta que se nos apresenta é muito fraca. No entanto se em termos de quantidade a oferta é pobre, o que só por si já é mau, em termos de qualidade deixa bastante a desejar. Pois vamos encontrar os animais em instalações notavelmente desapropriadas, por vezes irrisórias. A ignorância, por parte dos lojistas e respectivos funcionários, no que diz respeito às necessidades dos caudatas, é abundante senão mesmo total. Menos de 10% dos animais encontrados nas pet-shops nacionais estão em condições razoáveis. Geralmente são animais provenientes da china, apanhados da natureza e o seu estado de saúde nem sempre é o melhor. Se formos encontrar os animais com a cauda enrolada em círculo é sinal que estão notoriamente em stress, o que não é prudente adquirir tais espécimes. Depois convém também analisar cautelosamente os membros e as caudas, verificando se estes se apresentam intactos e sem fístulas. Outra dificuldade com que também nos vamos deparar é a denominação que esta gente dá aos animais. Das duas uma, independentemente da espécie, ou são tritões ventre de fogo ou tritões vermelhos. Contudo uma maneira simples e prática de os distinguir é pelos seus tamanhos. O Pachytriton labiatus é sempre maior, enquanto o Cynops orientalis aparece-nos sob a forma de um pequeno tritão, com as cores mais definidas e firmes. O mais aconselhável é adquirir os nossos animais a criadores experimentados, quer sejam nacionais, quer sejam estrangeiros. Se nos aventurarmos por esse mundo mágico que é a Internet vamos sempre encontrar quem os tenha à nossa disposição, bem instalados, bem alimentados e acima de tudo saudáveis. Não fomentando mais assim um negócio indecoroso e desapaixonado.